21-11-2011
Pesa 500 toneladas, mede 16 metros de altura e é considerada a maior estátua metálica do Buda em todo o mundo. Feito em cobre maciço, o imponente Buda de Nara foi inaugurado no ano 752 e está guardado no também imponente templo Todai-ji, o maior edifício de madeira do planete.
Mas o local mais sagrado do Japão encerra um mistério com 1259 anos: o cobre de que é feita a estátua mantém-se intacto, não se degrada, não ganha verdete, como era suposto acontecer algunsanos depois da sua construção. Ou seja, foi usada uma tecnologia de conservação muito eficaz que, doze séculos depois, ainda permanece desconhecida.
A universidade de Osaka resolveu desvendar o mistério e criou uma equipa de investigação coordenada por dois cientistas japoneses e um português. Chama-se Rui Lobo, e investigador na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa e no Instituto Superior Técnico e foi pioneiro na introdução da disciplina de nanotecnologia nas universidade portuguesas sobre o assunto.A colaboração entre as duas instituições - a física molecular e na nanotecnologia - dura há 15 anos.
A FCT colabora com a Universidade de Osaka desde há 15 anos nas áreas de física molecular e da nanotecnologia, entre outras, através de projectos conjuntos e de intercâmbio de professores. Rui Lobo é fellow da universidade e esteve em Osaka durante seis meses, uma boa parte do tempo a investigar o mistério do Buda de Nara.