Smart Fishing - Integração de Novas Tecnologias para uma pesca local segura e sustentável

Cofinanciado

Designação do projeto Smart Fishing - Integração de Novas Tecnologias para uma pesca local segura e sustentável

Código do projeto MAR-01.03.01-FEAMP-0028

Entidade beneficiária Universidade Nova de Lisboa

Data de aprovação 21-01-2019

Data de início 01-07-2019

Data de conclusão 30-06-2021

Custo total elegível 149 147,00 €

Apoio financeiro do FEAMP 111 860,25 €

Apoio financeiro público nacional 37 286,75 €

Objetivos

A operação SMART FISHING atende a necessidade emergente na esfera da gestão piscatória local alinhada com a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030, em particular no que diz respeito a (a) garantir uma formação de qualidade equitativa e inclusiva, (b) promover sociedades inclusivas para o desenvolvimento sustentável e, especialmente, (c) envolver pescadores, cientistas e decisores políticos/autoridades do mar na práxis da segurança, de forma sustentável. Neste sentido, o objetivo central do projeto Smart Fishinhg é propor uma solução tecnológica integrada para assegurar a sustentabilidade e a segurança da atividade piscatória local, com três sub-objetivos específicos:

    1. Construir um modelo de governança colaborativa com as comunidades piscatórias locais para orientar o desenvolvimento e a utilização dos produtos tecnológicos de forma eficaz;
    2. Codesenvolver produtos tecnológicos que promovam a sustentabilidade e a segurança da pesca local;
    3. Promover debates sobre as possibilidades de integração dos produtos tecnológicos desenvolvidos na legislação em vigor;
    4. Capacitar membros das comunidades piscatórias na área da tecnologia da informação para minimizar a infoexclusão existente.

Atividades

A operação SMART FISHING estrutura-se no conceito de cooperação em Educação Comunitária (Mesquita, 2014) na esfera ambiental costeira e marinha, o qual se assenta, neste caso, em uma operação composta por três atividades complementares e dialógicas que (a) proporcionam a construção coletiva de novos conhecimentos costeiros e marinhos integrando as bases intelectuais tradicionais, técnicas e científica e (b) potenciam a governança (Aragão, 2005) local, integrando tanto uma gestão sustentável do capital natural local quanto uma organização operacional legal e segura, sendo elas:

  • Atividade 1 – Governança Colaborativa: Envolvimento de oito comunidades piscatórias locais na construção de um modelo de governança focado nos problemas que põem em causa a sustentabilidade e a segurança da pesca local;
  • Atividade 2 – Tecnologia Participativa: Envolvimento do know-how académico para desenvolver produtos tecnológicos que solucionem os principais problemas identificados;
  • Atividade 3 – Legislação Emancipatória: Envolvimento de decisores políticos e autoridades do mar para debater a possibilidade de utilização dos produtos tecnológicos desenvolvidos nestas e noutras comunidades do país.

Resultados esperados/atingidos

A cooperação em redes entre os pescadores, cientistas e decisores políticos/autoridades do mar do município de Almada é resultado transversal esperado da SMART FISHING – não basta ter-se redes é preciso haver cooperação. Neste sentido, a execução do projeto assentou-se em cinco Grupos de Trabalhos - GTs, os quais identificam-se abaixo já com resultados efetivos.

GT0. GESTÃO DA OPERAÇÃO

  • Procedimentos eficazes e eficientes de inovação, operacionalização, financeiros e de gestão.

GT1. GOVERNÂNCIA COLABORATIVA

  • Identificação de questões que põem em causa a sustentabilidade e a segurança da pesca local;
  • Práticas sociopolíticas de governância;
  • Redes de cooperação intra e intercomunidades;
  • Capacitação integral do pescador local – das 8 comunidades participantes.
  • Maior qualidade e eficácia da Solução Tecnológica Integrada (STI) coconstruída via um conjunto de avaliações externas, contínuas e integradas, do processo de desenvolvimento e utilização, enquanto teste, dos produtos tecnológicos desenvolvidos no Smart Fishing.

GT2. TECNOLOGIA PARTICIPATIVA

  • Processo colaborativo de desenho de protótipos a desenvolver;
  • Codesenvolvimento de protótipos com viabilidade de implementação.
  • Utilização teste dos protótipos codesenvolvidos.

GT3. LEGISLAÇÃO EMANCIPATÓRIA

  • Levantamento das leis vigentes em áreas de interesse para a sustentabilidade e segurança da pesca local;
  • Diálogo para garantir a aplicabilidade e regulamentação dos protótipos;
  • Viabilização prática e legal dos protótipos codesenvolvidos;
  • Capacitação integral do pescador local.

GT4. PLANO DE DISSEMINAÇÃO

  • A difusão da Solução Tecnológica Integrada através de diferentes meios de comunicação.

Tais resultados foram desenvolvidos tanto no processo etnográfico diário vivido nas 8 comunidades participantes, por meio de processos de observação participantes, diálogos individuais e coletivos, bem como nos encontros formais do projeto Smart Fishing – identificados como Cimeiras.

Como produto do Smart Fishing desenvolveu-se, a partir das atividades implementadas, o Sistema Tecnológico Integrado, o qual foi coconstruído com alguns pescadores – os quais foram capacitados para o efeito e testado em uma das embarcações oceânicas e uma das embarcações ribeirinhas. Produtos como um website interativo, uma exposição itinerante e um documentário também foram coconstruídos com alguns dos pescadores das 8 comunidades envolvidas. Para estes três produtos também aconteceram diferentes sessões de formação e capacitação ao longo de um ano tanto no local profissional dos mesmos quanto na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, unidade orgânica da Caparica – próximo as 8 comunidades piscatórias envolvidas e sede deste projeto.

Foram desenvolvidos enquanto produtos Quadros Integradores das Práticas Piscatórias e das Leis Vigentes bem como um Seminário Online.

Quatro medidas (Intracomunitária, Intercomunitária, Entre membros da Equipa, Atividades de Comunicação) foram implementadas fazendo com que os resultados do projeto para além de terem sido cumpridos tiveram um forte impacto tanto na comunidade científica, quanto na técnica e na piscatória.