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Brecha da Arrábida: Diretor da NOVA FCT entrega certificação "Pedra Património Mundial" da International Union for Geological Sciences

31-07-2023

Fotos: Câmara Municipal de Setúbal, em cima, Presidente da Câmara Municipal de Setúbal e Diretor da NOVA FCT com a certificação da IUGS.

A Brecha da Arrábida foi recentemente classificada como "Pedra Património Mundial", pela International Union for Geological Sciences (IUGS) - uma ONG  parceira da UNESCO, num processo de reconhecida importância geológica conduzido por José Carlos Kullberg, professor e investigador do Departamento de Ciências da Terra da NOVA FCT.

A entrega do certificado decorreu no dia 28 de julho, em Setúbal, por ocasião da comemoração do 47.º aniversário do Parque Natural da Arrábida. Na cerimónia, organizada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), esteve presente o Diretor da NOVA FCT, José Júlio Alferes, que, reconhecendo o caráter patrimonial de inestimável valor geológico, cultural e estético do território do município de Setúbal, entregou a distinção "Pedra Património Mundial" (Heritage Stone) ao Presidente da Câmara do munícipio, André Martins.

Esta certificação comprova a importância da brecha e o seu uso excecional ao longo dos tempos. É para mim um enorme prazer entregar, em nome da União Internacional de Ciências Geológicas, esta distinção única aos setubalenses na mão do presidente da Câmara Municipal de Setúbal”, afirmou o Diretor.

O evento ainda contou com a palestra " A Brecha da Arrábida – Pedra Património Mundial– Heritage Stone" de José Carlos Kullberg. O  professor e investigador do Departamento de Ciências da Terra da NOVA FCT liderou o processo de classificação deste património geológico. 

Durante a sua intervenção, José Carlos Kullberg apelou a “uma maior valorização e divulgação da pedreira do Jaspe” para que não se perca “o último local com enorme valor científico para a brecha da Arrábida”.

A Brecha da Arrábida é uma rocha ornamental com ocorrência natural apenas no concelho de Setúbal. É utilizada desde o tempo dos romanos, de que são testemunhos, por exemplo a Calçada Romana do Viso e as Ruínas Romanas de Troia, nesta época com fins estruturais. É com a construção da Igreja e Convento de Jesús, que se inicia a sua a utilização para fins ornamentais, embora em parte também estruturais como no pórtico e janela principal no exterior, e colunas e arcos de sustentação do tecto, no interior. Esta utilização generaliza-se, a partir daqui, para perto de uma centena de monumentos em Portugal, a maioria classificada como Património Nacional e em sete países estrangeiros já inventariados. As suas cores muito variadas são a razão de uma grande utilização em peças decorativas espalhadas pelo país fora, sobretudo durante o desenvolvimento do estilo Barroco.

Esta foi a primeira vez que uma rocha ornamental cuja exploração está vedada, desde 1976, foi classificada. 

José Carlos Kullberg,  professor e investigador do Departamento de Ciências da Terra da NOVA FCT  que liderou o processo de classificação deste património geológico, na sua intervenção. 

Na imprensa

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