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Editorial | Janeiro 2025

Por José Paulo Santos, 

Subdiretor para o Conselho Científico

O mundo está a mudar. A sociedade está a mudar. A economia está a mudar. A expressão “o mundo está em constante mudança” não é apenas um lugar-comum, mas uma realidade inegável que devemos aceitar. Se não quisermos ser ultrapassados, temos de nos integrar e contribuir para esta mudança, tanto a título individual como organizacional.

Neste contexto, as Universidades, enquanto bastiões do conhecimento, têm um papel central e ativo a desempenhar, tanto na produção como na disseminação do saber.

Uma das formas mais tangíveis de atuação das Universidades é a oferta de ciclos de estudos que respondam aos desafios locais e globais, preparando cidadãos para serem agentes de transformação, capacitados para promover mudanças positivas e sustentáveis. Entre estes ciclos, os mestrados desempenham um papel primordial, uma vez que consolidam o conhecimento adquirido nas licenciaturas, ao mesmo tempo que se orientam para os desafios societais e tecnológicos, como a globalização e a digitalização em sentido amplo.

Para cumprir esta missão, as Universidades e as suas Faculdades necessitam de ser organizações ágeis e visionárias, capazes de olhar para o futuro com plena consciência das oportunidades e constrangimentos do presente, enquanto aprendem com as lições do passado e se orgulham dos seus sucessos. Nos dias de hoje, tal visão exige inevitavelmente o envolvimento claro e informado de todos os colaboradores – docentes, investigadores e funcionários – no processo de decisão e transformação.

O Conselho Científico (CC), órgão central da nossa Faculdade, tem assumido este compromisso de forma exemplar. Reconhecendo o valor de decisões participadas e amplamente discutidas, o CC tem promovido reuniões plenárias com uma frequência inédita, em média uma por mês. Este esforço intensificado tem exigido um trabalho ímpar por parte dos Conselheiros, a quem, na qualidade de presidente do CC, expresso o meu mais profundo agradecimento pela dedicação e empenho. Adicionalmente, num espírito de transparência, o CC tem partilhado com toda a comunidade da NOVA FCT as atas e convocatórias das suas reuniões, reforçando o envolvimento coletivo e a clareza e transparência nos processos de decisão.

É neste contexto, de um Conselho Científico dinâmico, que está a ser trabalhada a adaptação da nossa oferta de mestrados, um processo já em curso e guiado por princípios fundamentais. Os novos ciclos de estudos deverão:

  • Promover a interdisciplinaridade, preparando os futuros profissionais para lidar com questões globais, como as alterações climáticas, a inovação tecnológica e as desigualdades sociais;
  • Estar alinhados com padrões internacionais, capazes de atrair estudantes de outros países, fortalecendo a reputação da Faculdade e promovendo uma partilha cultural e académica enriquecedora;
  • Incorporar métodos pedagógicos modernos, incluindo a aprendizagem baseada em projetos, a utilização de tecnologias digitais e parcerias estratégicas com empresas e organizações.

A NOVA FCT tem, no seu histórico, um legado de pioneirismo no lançamento de ciclos de estudos inovadores, como Engenharia do Ambiente, Engenharia de Produção Industrial e Engenharia Informática. Inspirados por este percurso, estou confiante de que estaremos à altura de participar ativamente e de forma positiva na mudança que o mundo hoje exige.

Janeiro 2025