Filipe Natálio, investigador do UCIBIO da NOVA FCT
Foto: João Lima/NOVA FCT
Filipe Natálio, 45 anos, é o mais recente investigador do UCIBIO da NOVA FCT e traz consigo uma vasta experiência internacional. Formado em Química, complementou os estudos com um mestrado na Universidade de Amesterdão, em 2004, e um doutoramento na Universidade Médica de Mainz, sob a prestigiada Bolsa Marie Curie. Durante este percurso, foi investigador visitante em Itália e na China, aprofundando a sua formação científica.
Em 2013, iniciou uma linha de investigação na combinação entre Química Sintética e Biologia Vegetal na Universidade de Halle-Saale, na Alemanha. Posteriormente, em 2017, integrou o Instituto Weizmann da Ciência, onde continuou a desenvolver investigação inovadora nesta área interdisciplinar. Agora, em Portugal, Filipe Natálio prepara-se para liderar projetos pioneiros na NOVA FCT.
"Tive o privilégio de viajar bastante desde novo", revela Natálio, que já viveu em sete países diferentes. Estas vivências não só enriqueceram a sua perspetiva científica, como também despertaram o seu interesse por pessoas e culturas diversas. "Sempre procurei ter uma atitude de 'observador cultural'", afirma, destacando como esta abordagem tem sido essencial para a sua carreira.
A inspiração para seguir o caminho da investigação veio de uma fonte inesperada. "A minha maior inspiração para ser investigador foi o meu pai", partilha Filipe Natálio. "Ele não tinha formação na área das ciências naturais, mas ensinou-me algo profundamente marcante: que o mundo é maior do que eu."
O projeto que lidera na NOVA FCT, focado no desenvolvimento de métodos sustentáveis para o tingimento de algodão, reflete a sua expertise científica e a sua visão global. Este trabalho, que procura soluções inovadoras para uma das indústrias mais poluentes do mundo, foi distinguido três vezes com as prestigiadas bolsas ERC (European Research Council), acumulando mais de 2,3 milhões de euros. Para Filipe Natálio, a escolha da Faculdade não foi ao acaso: a reputação inovadora da NOVA FCT tornou-a o local ideal para aliar a sua experiência internacional à excelência académica portuguesa.
Aos jovens que sonham seguir uma carreira na investigação, o químico deixa um conselho inspirador: "Acreditem em vocês, nas vossas ideias, e não desistam de realizar os vossos sonhos e ambições." Esta filosofia, que o guiou através de continentes e culturas, continua a orientá-lo na procura e desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para o futuro.
A NOVA FCT tem agora um total de 21 bolsas ERC, sendo uma das Instituições de Ensino Superior portuguesas com maior concentração destas bolsas de investigação em Portugal.
Janeiro 2025