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Inquérito feito aos diplomados da FCT-UNL revela dados interessantes sobre a “nova emigração”

11-05-2015

Face à em Portugal tão discutida “fuga de cérebros”, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) decidiu fazer um inquérito a todos os estudantes diplomados de 2010/11 a 2013/14, para conhecer a verdadeira dimensão deste fenómeno tão comentado. A Professora Doutora Graça Martinho, subdirectora da FCT, escreveu uma crónica no jornal semanário “Vida Económica” na qual divulgou os resultados alcançados.

O inquérito teve uma taxa de resposta de 33% (num total de2838 diplomados registados, responderam ao questionário 942). Os resultados permitem chegar à conclusão que destes diplomados, 12% estão fora do país. Destes, cerca de 17% estudam (a maioria a fazer doutoramentos), 72% trabalham e 11% procuram trabalho. Os motivos que os levaram a deixar Portugal, são de ordem diversa: 45% sempre equacionou nos seus planos sair do País, quer houvesse ou não crise, 5% abandonaram Portugal porque as empresas onde já trabalharam internacionalizaram as suas áreas de actividade, 25% já trabalhavam em Portugal, mas encontraram melhores ofertas no estrangeiro e, finalmente, 25% indicou que não encontrava emprego em Portugal ou que as ofertas disponíveis não correspondiam às suas expetativas. Relativamente a um futuro regresso a Portugal, 9% responderam que não tinham de todo a intenção de regressar, 68% que, por enquanto, não estava nos seus planos o regresso e 23% afirmaram querer regressar logo que possível. 

As áreas profissionais com mais diplomados a trabalhar no estrangeiro são as da engenharia civil e da engenharia informática, por motivos completamente diferentes. Enquanto no primeiro caso se deve à crise nacional de emprego no setor da construção civil, no segundo caso deve-se à vontade dos diplomados em trabalhar em grandes empresas multinacionais da área das tecnologias da informação.

Quanto aos diplomados que estão a estudar ou trabalhar em Portugal (78%), cerca de 25% afirmaram que tinham a intenção de emigrar logo que possível, em busca de melhores condições laborais, e os restantes manifestaram a intenção de continuar no país.

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