Sou o Diogo, estou no 1º ano de mestrado em Engenharia e Gestão Industrial e, ao contrário da maioria das pessoas, nunca tive grandes expectativas relativamente a fazer Erasmus. Na verdade, ao longo dos meus estudos, nunca tinha sequer considerado essa possibilidade. Hoje, passados seis meses, acredito que foi a melhor experiência que já tive e, por isso, não podia deixar de partilhar um pouco daquilo que foram estes meses a viver num dos melhores países do mundo.
Desde o momento em que concorri para Milão, pensava que seria lá que iria viver, mas a realidade acabou por ser bem diferente. Na verdade, tirando as idas à faculdade, apenas passei por Milão cerca de cinco vezes, pois fiquei alojado numa residência do Politécnico localizada na incrível cidade de Como, muito perto do lago. A residência tinha condições excecionais e permitiu-me viver o meu dia a dia junto de pessoas de mais de 35 países diferentes, algo que considero ter sido o fator mais enriquecedor de toda esta jornada.
Em termos académicos, estudar numa das melhores faculdades da Europa foi um desafio, mas que, olhando para trás, não trocaria por nada. A universidade tem instalações de excelência e uma qualidade de ensino à qual é difícil não nos habituarmos.
Ao longo deste tempo, tive a oportunidade de explorar grande parte das cidades italianas, como Milão, Turim, Verona, Roma, Nápoles, Florença e Veneza, o que me permitiu conhecer melhor a cultura e, claro, a famosa culinária italiana.
Se estás indeciso sobre onde fazer Erasmus, deixo-te aqui a minha carta de motivação para escolheres Itália. Sem dúvida, não te vais arrepender!
Diogo Almeida
Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial | 2024/2025
Desde o primeiro dia na faculdade que soube que queria muito fazer Erasmus. Que gostava de ter uma experiência num país estrangeiro e ter a oportunidade de contactar com realidades diferentes da rotina a que estamos habituados. No entanto, houve sempre também aquele nervosinho de deixar a casa pela primeira vez. O meu nome é Beatriz Pais, estou no 4.° ano do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica e realizei Erasmus no Politécnico di Milano, em Itália. Nunca fui uma estudante deslocada e, portanto, nunca tinha vivido a realidade de ter total independência para fazer o que quisesse e ao mesmo tempo de ter de a usar para lidar com a quantidade de coisas que é necessário. Primeiro ter a casa sempre minimamente limpa, ir ao supermercado, cozinhar e ainda arranjar tempo para conciliar os estudos com a vida social. A verdade é que um mês de adaptação chega e sobra para alinhavar tudo isto.
Como toda a gente que faz Erasmus diz: recomendo muito que o façam! Vão encontrar pessoas incríveis, parecidas convosco, que vão ser a vossa segunda família durante este período das vossas vidas. Vão provavelmente partilhar acomodação e ter de aprender a viver na presença de estranhos que aos poucos se vão tornando no mais próximo que têm convosco.
Durante o Erasmus viajei muito. Aproveitei que Milão é uma região muito central na Europa onde facilmente se chega a qualquer lado por preços acessíveis. Outro lado positivo (ou não, caso não gostem de vida noturna) é que em Milão há, todos os dias, vários eventos organizados, e muitos deles com os estudantes de Erasmus como alvo principal, por isso nunca se vão aborrecer! É importante salientar que os italianos não sabem falar inglês, mas qualquer português se consegue desenrascar com o seu sotaque espanholado.
Relativamente a aulas, a carga horária do Politécnico é elevada e o método de avaliação é através de exames finais em janeiro e fevereiro. É importante salientar que todas as aulas que tive foram lecionadas em inglês.
Sobre encontrar casa, a habitação está muito inflacionada em Milão e, portanto, não esperem que a bolsa vos cubra sequer o montante da renda por inteiro.
O estilo de vida em Milão é tendencialmente mais caro do que em Lisboa, mas como andam as coisas, Portugal está cada vez mais a conseguir igualar o custo de vida milanês.
Por último, deixo aqui uma foto da primeira viagem que fiz uma semana depois de chegar a Milão, ao Lago di Como, com muita gente e onde ainda ninguém se conhecia bem. Alguns dos estranhos na foto são agora grandes amigos e eu estou muito agradecida que eles tenham entrado na minha vida.
Beatriz Pais
Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica | 2023/2024
O meu nome é Gil Alves e sou estudante do quarto ano do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Durante o primeiro semestre de 2023/2024 estou a realizar o programa Erasmus no Politécnico de Milão, em Itália, e posso afirmar com certeza que é uma experiência que todos deveriam realizar.
Para começar, antes de me candidatar a Erasmus não tinha bem a certeza se era algo que queria mesmo, por estar fora da minha zona de conforto e por ser algo bastante diferente. No entanto, depois de ouvir diversas opiniões sobre o quão enriquecedora é esta vivência, lá fui.
Sobre o alojamento, que deve ser das primeiras coisas a tratar, encontrar uma casa a um preço razoável em Milão pode não ser tarefa fácil. No meu caso, fiquei num apartamento partilhado a um preço razoável e perto da universidade, mas reservado com bastante antecedência.
Depois de chegar, começou a experiência, e não posso estar mais agradecido por ter tido esta oportunidade. Conheci pessoas de todos os sítios do mundo, com hábitos e culturas muito diferentes da minha, o que é ótimo para expandir horizontes e aprender novas coisas. Viajei bastante, vi sítios muito diferentes do que estou habituado e passei momentos inesquecíveis com amigos que fiz durante este tempo. Para além de tudo isto, foi a primeira vez que vivi fora de casa, o que deu lugar a uma quantidade de tarefas diárias para tratar em casa, para além do estudo. É uma etapa que faz parte, e que permite um crescimento pessoal enorme, porque, de facto, não há quem o faça por ti.
Concluindo, fazer Erasmus permite descobrir o que há lá fora com os teus próprios olhos, ganhar noção de como outras realidades funcionam e levar tudo isto numa bagagem que dura para o resto da vida.
Gil Alves
Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica | 2023/2024